Projetos de Educação

 

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Tendo sentido na minha juventude as dificuldades para obter uma educação mais completa. Hoje percebo, acompanhando e apreciando os estudos de meus filhos, o quanto me faltou para complementar os meus conhecimentos. Teriam sido pequenas intervenções que certamente preencheriam o grande gap que sinto até hoje na minha formação. Esta consciência me trouxe a preocupação permanente de tentar suprir de alguma maneira a educação das crianças no Brasil, além de alargar este conceito para outras idades e situações do saber.
Desenvolvo meu trabalho dentro do âmbito socioeducativo, privilegiando o universo infantil. Estou convencida de que a educação para a cidadânia consititui uma das chaves para criarmos uma sociedade mais humanista e democrática. Nesse âmbito realizei, durante esses últimos anos, diversas exposições, concedi entrevistas e ministrei aulas para crianças de escolas públicas, tanto no Brasil como na Holanda. Além dessas atividades, contribuí com a ilustração do livro Estudar História, das origens do homen à era digital – volume 6 – de autoria da hitoriadora Patricia Ramos Braick, pertencente à Coleção Estudar História para o Ensino Médio e criei a coleção de selos do cinquentenário de nossa capital Brasília.
Mais recentemente, fui convidada pelo académico Dr. Lee Pegler do Instituto Internacional de Estudos Sociais (ISS) da Universidade Erasmus de Roterdão, com sede em Haia, para colaborar na concepção e organização de uma exposição interligada de algumas pinturas de Minha Coleção Medusa com uma palestra sobre seu trabalho de pesquisa socioeconômica internacional.
A exposição retrata a relação entre o Brasil e os Países Baixos sob a perspectiva das artes e das ciências sociais. O instituto está fazendo pesquisas pioneiras sobre cadeias de valor e trabalho e sua importância socioeconômica, relações comerciais internacionais e multiculturais que são um reflexo de suas interações. Mas há também um impacto cultural e a Coleção Medusa é vista com exemplo inspirador.
A exposição é uma tentativa de estabelecer um diálogo potencial entre Arte e Ciências Sociais, a fim de tornar os estudantes de Ph.D. e M.A. conscientes dos processos que os levam a desenvolver suas pesquisas. Na busca de soluções mais igualitárias e harmoniosas para as muitas questões científicas e sociais que nos rodeiam, eles partirão de uma compreensão mais profunda que poderá oferecer um apoio adequado à humanidade de uma forma mais pacífica e humanitária.
A exposição Where Art Meets Science acontece em dois lugares simultaneamente: o ISS Atrium – Instituto Internacional de Estudos Sociais da Universidade Erasmus de Haia e o Keizer Viaduct Karel A9 Galeria Aberta em Amesterdão de forma a difundir a sua mensagem de insipação tanto na universidade quanto no nível da rua.

Kimonos

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A Coleção Kimonos reflete valores universais, expressões de orgulho e de propósitos de gerações passadas para as contemporâneas e futuras. Expressam na pintura o sentido de universalidade capturado por mim através de vivências internacionais, qualidades que extrai dos kimonos japoneses, do Hanfu chinês e das vestimentas Hmong vietnamitas, entre outros símbolos. Estas peças de vestuário oriental são realizadas em materiais delicados, como tecido de seda, rica e finamente bordados por mãos de excepcional habilidade, transformando em obra de arte o trabalho de tanta dedicação e paciência. Procuro destacar o patrimônio imaterial e material representados por essas tradições, combinando-as com tecidos folclóricos brasileiros, ao mesmo tempo em que revelo o espírito atemporal e universal das tradições nelas contidas.

Medusa

 

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Da Coleção Trienalle no Museu CoBrA de Arte Moderna, em 2004 na Holanda, fez parte minha primeira pintura da Coleção Medusa. Este grupo de trabalhos teve como objetivo demonstrar que diferentes formas do belo espelham-se nos olhos do observador. Em uma simbiose de culturas, o motivo desta primeira pintura vem a ser um objeto típico holandês, o vaso de tulipas, que representei enfeitado com flores tropicais, simbolizando, de forma complementar e harmoniosa, a união das duas culturas, a brasileira e a holandesa.

Favelas

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A Coleção Favela retrata o labirinto formado pelos casebres de onde seus moradores não conseguem sair. Num contraste doloroso, esta visualização da pobreza e da superpopulação encontradas em todo o mundo é compensada pelo uso de cores alegres e bandeirinhas festivas. A interminável repetição de quadrados representa milhões de pessoas vivendo dessa forma, embora cada casa exiba um formato diferente com objetivo de expressar uma identidade única, a individualidade, a esperança e, em particular, à revelia de tantas dificuldades, a alegria de viver de seus habitantes.

Brasília

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A Coleção de Brasília é inspirada no rico patrimônio arquitetônico e humano de Brasília em diálogo com as diversas raízes culturais de seus habitantes. Cores e temas da rotina diária dos brasilienses são refletidos na riqueza natural e cultural, compartilhadas pelos seus cidadãos. Retratam também a paisagem local: os tons de ocre e de verdes da paisagem; os tons de vermelho do solo; o azul profundo do céu sobre Brasília; o cinza do concreto, etc.

A Coleção de Brasília foi selecionada pela ECT-Correios do Brasil, para ilustrar 6 milhões de selos nacionais, além de ilustrar o volume 6 de autoria da hitoriadora Patricia Ramos Braick, pertencente à Coleção Estudar História.

Cirandas

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Minhas bailarinas da Coleção Cirandas dançam livres e sem restrições. Rodam, pulam e esticam-se! Em seus movimentos não há começo nem fim. Sua energia jovial é capturada neste instante. As cirandas fazem parte das minhas lembranças, fazendo-me recordar a escola pública primária em Brasília e os uniformes que me davam tanto orgulho, minha mais bela peça de roupa!